Pulpotomia em criança durante atendimento odontológico

Pulpotomia: o que é, quando é indicada e como funciona o procedimento

Publicado em: 13 de novembro de 2025 | Atualizado em: 13 de novembro de 2025

Quando o dentista traz a recomendação de uma pulpotomia, é comum que os pais fiquem apreensivos com a situação, principalmente, se nunca ouviram falar do procedimento.

Por outro lado, na prática, trata-se de um tratamento bastante utilizado em dentes de leite e que ajuda a preservar a saúde bucal das crianças de forma segura e eficaz.

Ao longo deste texto, você entenderá de forma clara o que é a pulpotomia, em quais situações ela é indicada e como é feito o procedimento no consultório. Aproveite a leitura!

Descubra o que você precisa saber sobre as seguintes questões:

O que é pulpotomia?
Qual é a diferença entre pulpotomia e pulpectomia?
Quando a pulpotomia é indicada?
Como é feita a pulpotomia?

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O que é pulpotomia?

A pulpotomia é um procedimento odontológico que costuma ser indicado em dentes decíduos (os famosos dentes de leite), quando eles estão com a polpa parcialmente comprometida por uma cárie ou um trauma.

Nesse sentido, o objetivo é remover a porção inflamada da polpa, localizada na parte superior do dente, preservando a vitalidade da polpa radicular que fica nos canais da raiz.

Logo, o objetivo do tratamento é manter o dente na cavidade bucal até o momento natural da sua esfoliação, ou seja, até que ele caia normalmente e seja substituído pelo dente permanente.

Quando levar o filho pela primeira vez ao dentista? Saiba mais no vídeo abaixo:

Qual é a diferença entre pulpotomia e pulpectomia?

Quando um dente de leite apresenta cárie profunda ou sofreu algum trauma, o tratamento pode envolver a remoção parcial ou total da polpa dentária. Nesses casos, dois procedimentos costumam ser indicados: pulpotomia ou pulpectomia.

De modo geral, a pulpotomia é indicada quando apenas a porção da polpa localizada na coroa do dente (a parte visível) foi afetada.

Nesse caso, o dentista remove a parte inflamada ou lesionada da polpa, mas preserva a parte que está nas raízes, desde que ela ainda esteja saudável. Sendo assim, o dente segue vivo, com parte da polpa funcionando normalmente.

Já a pulpectomia vai um passo além e é feita quando toda a polpa do dente está comprometida, tanto na coroa quanto nas raízes.

Com isso, faz-se necessário remover toda a polpa e preencher os canais com um material específico. O dente perde a vitalidade, mas permanece na boca com função.

Quando a pulpotomia é indicada?

A pulpotomia é um procedimento indicado para situações em que a polpa do dente foi parcialmente comprometida, mas ainda há possibilidade de preservar a sua vitalidade.

Logo, ela é considerada uma abordagem conservadora e que tende a ser utilizada em casos em que o dente ainda têm uma função importante na boca, como acontece com os dentes de leite e dentes permanentes em fase de desenvolvimento.

Veja em que situações a pulpotomia é indicada:

Em dentes de leite (decíduos)

A indicação mais comum da pulpotomia é para os dentes decíduos, conhecidos como dentes de leite. Eles cumprem funções determinantes para a saúde bucal enquanto os permanentes não nascem, como manter o espaço na arcada, auxiliar na mastigação e também na fala.

Quando uma cárie atinge a área pulpar (a parte superior da polpa) e causa a inflamação, a pulpotomia se torna uma alternativa para evitar a extração precoce e, em muitos casos, dispensa tratamentos mais invasivos.

Em dentes permanentes jovens

Em dentes permanentes imaturos (aqueles que ainda estão em formação), a pulpotomia também pode ser indicada. Nessa fase, o dente ainda está com a raiz em desenvolvimento, o que significa que a preservação da polpa é fulcral para que esse crescimento continue de forma adequada.

Logo, se há uma inflamação localizada, mas a parte profunda da polpa está saudável, a pulpotomia permite manter o dente vivo, favorecendo a formação radicular completa.

Casos de cárie profunda ou trauma

A pulpotomia também pode ser indicada quando uma cárie profunda atinge a polpa de forma localizada, provocando dor ou sangramento, mas sem que haja sinais de infecção nos canais das raízes.

Além disso, a pulpotomia também pode ser recomendada após um trauma dentário, por exemplo, como uma fratura coronária com exposição pulpar,, desde que o restante da polpa esteja saudável.

Como é feita a pulpotomia?

A pulpotomia é um procedimento comum na odontopediatria e que também pode ser indicado em dentes permanentes em formação. Ela costuma ser realizada de forma rápida, feita em uma única consulta e o objetivo principal é preservar o dente na boca, evitando a extração precoce.

Mas como ela é realizada na prática? Abaixo, entenda como funciona a pulpotomia e quais são as etapas desse procedimento.

Diagnóstico e avaliação inicial

Antes de tudo, o dentista faz uma avaliação clínica inicial e uma radiografia do dente para entender qual é o quadro do paciente.

Nesse cenário, o exame clínico ajuda a identificar sinais como dor localizada, sensibilidade ou a presença de cárie profunda. Por outro lado, a radiografia permite analisar a extensão da lesão, a condição das raízes e a presença (ou não) de uma infecção.

Passo a passo: etapas do procedimento de pulpotomia

Anestesia local: a anestesia é aplicada com o objetivo de garantir que o paciente não sinta dor durante o procedimento. Em crianças, o uso de anestésico tópico antes da agulha também ajuda a deixar tudo mais tranquilo para os pequenos;
Isolamento do dente: com o auxílio de um lençol de borracha (dique de borracha) ou algodão, o isolamento do dente é realizado para evitar que haja uma contaminação com a saliva;
Abertura do dente: com isso, o dentista realiza a abertura do dente, remove a cárie e acessa a câmara pulpar, onde está a parte inflamada da polpa;
Remoção da polpa da coroa: com os instrumentos específicos, a parte da polpa que está na coroa do dente é retirada com bastante cuidado;
Controle do sangramento: essa etapa ajuda a confirmar se a parte das raízes está saudável. Dito isso, com o sangramento controlado, isso indica que o restante da polpa ainda possui vitalidade;
Aplicação do material de proteção: depois, o dentista coloca um material que ajuda na cicatrização da polpa que ficou para protegê-lo;
Restauração final: por fim, o dente é fechado com resina ou, em muitos casos, com uma coroa de aço inoxidável, especialmente em dentes de leite, para garantir maior durabilidade.

O seu filho está com dor de dente ou apresenta cárie profunda? A Clínica Ianara Pinho está pronta para avaliar com cuidado e orientar o melhor tratamento para vocês.

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Por:

Ianara Pinho em Odontopediatria

Sobre a Ianara Pinho

Ianara Pinho é graduada pela Universidade de Brasília (UnB) e é pós-graduada em Odontopediatra, Radiologia e Imaginologia odontológica e também tem Habilitação em analgesia Inalatória (Sedação com Óxido Nitroso).

Em 2010, fundou a clínica odontológica que leva o seu nome: Ianara Pinho Odontologia.

A clínica hoje conta com mais de 45 dentistas e 3 unidades, uma na Asa Sul, uma na Asa Norte e outra em Águas Claras, sendo o objetivo final, transformar vidas por meio do sorriso, ou seja, produzir histórias marcantes!

São mais de 35 mil sorrisos transformados ao longo de todos esses anos.