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É comum que pais de primeira viagem tenham muitas dúvidas relacionadas à chupeta. A principal delas é se o acessório deve mesmo ser oferecido aos bebês ou se faz algum mal à saúde. Ademais, muitos pais não sabem como tirar bico de criança — afinal de contas, ela não poderá chupar chupeta para sempre, não é mesmo?
Para ajudá-lo nessa missão, daremos algumas dicas para que a remoção da chupeta seja feita da forma mais tranquila possível. Ansioso? Então, continue lendo este artigo!
A gente sabe que até mais ou menos um ano e meio, dois anos, a chupeta é um grande aliado para os pais. Ajuda nos momentos de estresse da criança, quando ela está com soninho, quando está mais estressada ou cansada, ou durante uma volta de carro, que é um período em que a criança tem que ficar um tempinho maior parada e pode ficar entediada.
Nesses momentos, a chupeta é um grande aliado.
Porém, depois dessa idade, principalmente após os dois anos, a chupeta começa a se tornar uma vilã porque interfere em muitos aspectos da saúde bucal dos bebês.
Ela impacta na formação óssea, tornando o céu da boca, ou palato, mais estreito e profundo. Os dentes começam a ficar projetados, o que atrapalha na respiração da criança, na alimentação, e pode causar vários problemas ortodônticos. Enfim, traz uma série de transtornos para a criança.
Por isso, sabemos que até os dois anos é o tempo limite para que as crianças parem com o hábito de usar a chupeta.
Existem algumas técnicas para ajudar nesse processo, mas tem uma que eu tenho aplicado com os pais no consultório e que tem dado resultados muito positivos.
O primeiro passo: a gente vai pegar a chupeta da criança: O ideal é não ter muitas chupetas em casa; algumas pessoas têm cinco, seis, sete chupetas.
Então, elimine a maior parte delas e deixe no máximo uma ou duas disponíveis.
E aí, discretamente, (até porque os bebês são espertos, né?!) vamos fazer um furinho no bico da chupeta, na pontinha, usando um instrumento bem fininho, uma agulha ou a ponta de uma tesoura bem higienizada. Faça um furinho no bico da chupeta que a criança usa, sem ela perceber.
Por que fazemos isso?
Porque o prazer que a chupeta gera na criança é devido à pressão que ela exerce no céu da boca.
Então, ao fazer um pequeno furo, começará a entrar ar na chupeta, e quando a criança fizer a sucção, a pressão vai diminuir.
No primeiro dia, fazemos um pequeno furinho.
No segundo dia, ampliamos um pouquinho o mesmo furinho que fizemos.
Tudo de maneira bem sutil, certo? Não vamos cortar o bico da chupeta de imediato.
Continuamos ampliando o furinho sucessivamente no terceiro, quarto, quinto dia, até que a criança ache desconfortável.
Muitas vezes, a criança por si só pede para que os pais troquem a chupeta porque não está mais gerando o mesmo prazer.
Nesse ponto, usamos um artifício psicológico para que ela realmente perca o interesse e a chupeta deixe de exercer a função de prazer para a criança.
Normalmente, a criança por si só larga a chupeta porque para de sentir prazer ou começa a pedir para trocar a chupeta.
Nesse ponto, é preciso ter jogo de cintura e não ceder ao pedido. Em geral, essa técnica dá muito resultado. Por isso, gravei este vídeo para te ajudar a fazer a criança largar a chupeta.
Confira outras 5 dicas de como fazer o bebê largar o bico:
Os pais tendem a recorrer à chupeta como principal forma de manter o bebê calmo. Acontece que nem sempre a criança quer sugar algo. Ela pode estar com vontade de sentir o calor do corpo da mãe, por exemplo.
Então, antes de oferecer a chupeta ao bebê, perceba de que outras maneiras ele se acalma.
Como tirar bico de criança nem sempre será algo rápido, os pais devem fazer com que o objeto só seja usado em momentos específicos, como na hora de dormir ou quando o bebê estiver em uma situação estressante, como em uma viagem.
Tudo isso deve ser feito no primeiro ano da criança. Isso ajudará a estabelecer limites e fará com que a futura mudança de hábito seja mais simples.
A partir dos dois anos, a criança já consegue interagir verbalmente com os pais. Essa é uma boa hora para argumentar, explicando que a chupeta deixa o sorriso “feio” ou que a chupeta está “suja” — principalmente quando ela cair no chão.
Seja didático e paciente, lembre-se que, para a criança, o hábito de chupar bico está atrelado à calma e segurança.
Grande parte das crianças está disposta a trocar o bico por alguma outra coisa, como um brinquedo ou um passeio. Nesse caso, os pais precisam esclarecer que se trata de uma troca e que a criança não verá mais a chupeta.
É natural que os pequenos voltem a pedir o objeto à noite, mas os responsáveis devem ser firmes e não podem recuar do acordo. Nessa fase, é comum que haja choro e um pouco de birra, mas, ao perceber que a chupeta não será devolvida, as crianças tendem a parar.
A chupeta acalma a criança porque, nos anos iniciais da primeira infância, ela está na fase oral. O que significa que é por meio da boca que ela explora o ambiente — é por isso que os pais precisam tomar cuidado com objetos que podem ser engolidos.
Ademais, nós, seres humanos, somos mamíferos, então, é natural que sugar seja algo instintivo. Por isso, amamentar é uma maneira de saciar esse instinto e acalmar o bebê.
De acordo com o Ministério da Saúde, o ideal é que a criança não ultrapasse dois anos e meio chupando chupeta, uma vez que isso pode prejudicar a dentição e a mordida.
Agora que você aprendeu a como tirar bico de criança, lembre-se de ser paciente e firme. Um pouco de choro e manha nessa fase é absolutamente natural.
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Leia também: Uso da Chupeta: desmistificando mitos e verdades
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Aqui na Ianara Pinho somos especialistas em odontopediatria e estamos à disposição para esclarecer todas as suas dúvidas!
Por:
Ianara Pinho em Odontopediatria
Sobre a Ianara Pinho
Ianara Pinho é graduada pela Universidade de Brasília (UnB) e é pós-graduada em Odontopediatra, Radiologia e Imaginologia odontológica e também tem Habilitação em analgesia Inalatória (Sedação com Óxido Nitroso).
Em 2010, fundou a clínica odontológica que leva o seu nome: Ianara Pinho Odontologia.
A clínica hoje conta com mais de 45 dentistas e 2 unidades, uma na Asa Sul e outra em Águas Claras, sendo o objetivo final, transformar vidas por meio do sorriso, ou seja, produzir histórias marcantes!
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